Empresas de turismo não fecharam, mas faturamento cai 75%

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Agências de viagens, restaurantes, hotéis e demais empresas do ramo do turismo ainda mantêm as portas abertas, em Campo Grande, mas chegaram a ter queda de até 75% no faturamento, durante os meses de março e junho, durante a pandemia.

O cenário de dificuldade econômica foi apresentado em pesquisa realizada pela Sectur (Secretaria de Turismo de Campo Grande), em parceria com a Rede Brasileira de Observatórios de Turismo, divulgada nesta sexta-feira. O objetivo de levantar os impactos da pandemia causada pela covid-19 no trade turístico da Capital.

Foram entrevistados 141 empresários, com grau de confiabilidade de 95% e margem de erro de 7,7% .A pesquisa foi realizada entre os dias 08 e 25 de junho de 2020.

A maioria das empresas não fechou totalmente durante os meses da pandemia, mas houve pico de encerramento das atividades de 28% em abril. Foi também este mês, o de maior queda no faturamento. Na ocasião, as 46% das empresas pesquisadas relataram queda de até 75% nos lucros. O impacto vem caindo mês a mês.

Mesmo o porcentual de demissões não foi tão alto entre os meses de março e junho. Notou-se que, apesar dos impactos da pandemia, a maioria conseguiu manter os empregados.

Nas empresas em que ocorreram dispensa de funcionários, a média foi de 6,2. No entanto, é preciso considerar que a maioria delas mantém menos de 5 funcionários, entre registrados e terceirizados. Em quadro geral, as demissões representaram 16%.

Impacto da crise se reflete também na queda drástica da demanda, apontada por 85% dos entrevistados. Queda menor foi relatada por 11% e apenas 2% não relataram queda na demanda, o mesmo número de empresários que fecharam suas portas em definitivo.

Perfil – Entre os 141 que englobam a pesquisa, 36% são do ramo da gastronomia, 23% são agência de viagem, 16% fazem trabalho de hospedagem, 11% eventos, outros 11% lojistas, além de 1ª de guias de turismo e 1% de empresas de transporte.

Mais de 30% se tratam de microempresas, seguida de empresas de pequeno porte e MEIs (Microempreendedores individuais). Empresas de médio e grande porte representam menos de 10% dos entrevistados.

A maioria das empresas pesquisadas (32%) tem mais de 20 anos de funcionamento. As com mais de 7 anos de funcionamento somam 66% do total.

Objetivo – Com esses dados da pesquisa a Sectur vai dimensionar os impactos e traçar estratégias frente à pandemia da Covid-19, mesmo sabendo que ainda é cedo para mensurar as consequências, pois a ordem e a gravidade de contaminação ainda são incertas, mas o que podemos fazer diante deste cenário global de pandemia é acompanharmos a evolução e pensarmos em novas ações conforme o comportamento do que já está acontecendo.