Indústria permanece em constante ajuste diante da pandemia, aponta Fiems

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A indústria sul-mato-grossense permanece em constante ajuste aos desafios impostos pela pandemia de covid-19 e, por este motivo, segue em evolução. A avaliação é do presidente da FIEMS (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, que concedeu entrevista ao vivo à rádio CBN nesta segunda-feira, 10 de abril. Na avaliação de Longen, a indústria não pode parar e, do funcionamento pleno do setor, dependem as cadeias de suprimento do Estado e a geração de empregos.

Diante da necessidade de permanecer em constante adaptação, mesmo a adversidades sanitárias de impactos macro-econômicos e sociais, como a covid-19, a indústria de Mato Grosso do Sul tem se mantido com saldo positivo. Para o presidente da FIEMS, os efeitos dessa resistência influenciam na tranquilidade da população. “Nós tivemos aí um cenário favorável em 2020 e fomos surpreendidos pela nova onda da covid-19 em 2021, mas de certa forma, a indústria vem se ajustando. E isso acabou por dar uma tranquilidade para a população em termos de suprimento com a indústria funcionando. O cenário do nosso Estado é muito positivo. A indústria vai bem aqui, em contrapartida, em outros estados nem tanto, mas no nosso Estado, em especial, a indústria vai muito bem”.

Setores como o do turismo necessitam de cooperação para retomar crescimento

Durante a entrevista, Sérgio Longen lembrou de duas das mais importantes preocupações para a população e a economia, a manutenção e geração de postos de trabalho. “Nós continuamos contratando. Temos números que indicam a evolução de segmentos importantes”. O dirigente alerta, contudo, que há setores preocupantes e dependentes hoje, de cooperação para a retomada. “Há setores que têm números preocupantes, como a indústria do turismo, que nós estamos trabalhando com um cuidado especial. Nós devemos nos reunir na semana que vem, buscando um alinhamento entre Estado, municípios e setores de crédito que possam, realmente, dar o suporte para a indústria do turismo voltar a crescer. Destacando as cidades de Corumbá, Bonito, Bodoquena, enfim, os polos de turismo que a gente tem e os setores beneficiados seriam bares, restaurantes, hotéis, para gerar a indústria do turismo”.

As perdas do turismo são ocasionadas pelas medidas de preservação da saúde impostas pela pandemia de covid-19, mas a devida cooperação pode contribuir para a recuperação do setor sem que isso signifique em irresponsabilidade sanitária, a exemplo do que houve com a indústria frigorífica. Durante a entrevista, Sérgio Longen detalhou como os frigoríficos conseguiram responder à crise. “Nós identificamos alguns problemas com o setor de frigoríficos e direcionamos uma ação muito forte, bem organizada. Destacamos a importância do Sindicato da Indústria da Alimentação e Carnes para esse segmento”. Além do Sindicarnes, que contribuíram para a implantação dos protocolos de biossegurança, Longen lembra da importante e decisiva participação da Fecomércio, Sebrae, do SESI e da FIEMS.

Setor frigorífico deixa exemplo de adaptação às adversidades sanitárias

A partir dos protocolos aplicados e da cooperação entre setores, a indústria frigorífica não só se recuperou, como também permaneceu em destaque nos negócios do Estado. Sobre os resultados, Sérgio Longen, define que a “página foi virada”. O presidente ressaltou que o setor de alimentos e bebidas permanece forte e em constante avanço, mantendo e gerando empregos. “O Estado já trabalha fortemente no segmento de alimentos, destacando a carne, não só a carne bovina, mas também suína, aves e peixes. Nós avançamos muito nesse segmento. Hoje o Mato Grosso do Sul é um dos principais produtores de tilápia do mundo e grande parte dessa produção já é exportada. Então, é o segmento que vem se desenvolvendo muito rapidamente e isso fez com que esses setores avançassem, gerando mais empregos e ajudando no desenvolvimento do nosso Estado”.

Também como exemplo de avanço, Sérgio Longen destacou o desempenho dos setores sucroenergéticos e de celulose e papel para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. Os dois segmentos têm mantido a competitividade e relevância mundial, elevando e impactando de maneira positiva na economia do Estado. Para continuar a crescer, tanto estes, como outros setores necessitam da devida e justa ação atenção de incentivo dos governos estadual e federal. “Temos uma grande demanda hoje. Primeiro nós conseguimos convalidar todos os incentivos fiscais do Mato Grosso do Sul. Os nossos incentivos hoje são legais. A grande maioria, nós temos hoje até 2032 os incentivos garantidos. E, agora, começamos a grande pauta que é a reforma tributária. E volta à tona a discussão dos incentivos fiscais”.

É preciso continuar a investir para manter empregos e desenvolvimento em MS

Além de incentivos fiscais e de atenção, o setor industrial necessita manter investimentos. Por este motivo Sérgio Longen sugere a avaliação da concessão de créditos. “A gente tem empresas impactadas hoje que também têm muita dificuldade de crédito. São ações que tentamos buscas sempre alinhar com o Banco do Brasil, que é o grande parceiro desse projeto e, também, ações importantes com o governo do Estado. Quero destacar que temos buscado benefícios tributários, buscado com o governo do Estado a prorrogação, refinanciamento de débitos. Ou seja, há uma ajuda constante para que estes setores se recuperarem”

Diante do quadro apresentado, Sérgio Longen indica que a indústria vai permanecer como indutora de crescimento do Estado, incorporando rotinas e mantendo a capacidade de resiliência. “Nós estamos evoluindo não só no setor de biossegurança. É muito importante deixar registrado que as ações são temos gente tem conseguido amenizar os impactos da covid-19 na produção e isso já é reconhecido pela sociedade”.