Agroindústria impulsiona e produção industrial cresce 84% no Estado

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Mesmo em meio à crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus, o setor industrial em Mato Grosso do Sul obteve crescimento de 84% na produção e continuou gerando emprego e renda. 

Parte deste cenário foi favorecido pela agroindústria que, segundo especialistas da área, continuou proporcionando alimento ao consumidor mesmo diante dos desafios.  

O resultado positivo foi alcançado em julho e, com esse desempenho, o índice de evolução da produção encerrou o mês em 53,5 pontos, ficando 9 pontos percentuais acima do levantamento anterior, segundo o último radar industrial da FIEMS.

“De um modo geral, podemos dizer que, apesar da pandemia, a atividade industrial se mostrou bastante resiliente em 2020 e 2021 e se manteve numa trajetória de forte crescimento”, explicou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da FIEMS, Ezequiel Resende.

“Quando olhamos para os segmentos que mais contribuíram para esse resultado, vimos que houve uma contribuição muito forte das atividades ligadas, principalmente, a indústria de alimentos e bebidas e, em especial, nos segmentos frigoríficos e de óleos vegetais”, acrescentou o economista.

Na visão do especialista em Mercado Exterior, Aldo Barrigosse, neste período de pandemia, a agroindústria precisou se reinventar e inovar para conseguir atender todas as demandas.

“As agroindústrias tiveram que adaptar a questão sanitária, as restrições do momento de pandemia, quantidade de funcionários. Eles tiveram que ter uma outra preocupação a mais com os funcionários dentro da empresa”.

Além disso, Barrigosse ainda destacou que os consumidores não tiveram problemas com o fornecimento de alimentos, durante o período de pandemia.

“Mesmo com todos os desafios que a pandemia pediu para o momento, foi um segmento que se reinventou e cresceu durante todo esse período, com a questão de produção, venda, comercialização, manutenção e em relação a novos empregos. Nós não tivemos nenhum problema de fornecimento de alimentos para nós consumidores”, ressaltou.

CRESCIMENTO

Em um ano, de julho de 2020 ao mesmo período de 2021, o número de trabalhadores industriais saiu de 126.811 para 140.557, um incremento de 10,44% ou 13.746.

Segundo levantamento da FIEMS, de março do ano passado a março deste ano, os segmentos que mais empregaram foram abate de suínos, com 1.468; abate de aves, com 1.213; fabricação de celulose (776), fabricação de açúcar (350); fabricação de óleos vegetais (264); construção (236) e fabricação de refrigeradores (175).  

Em se tratando das exportações, o valor também foi elevado. Em agosto, no grupo “Complexo Frigorífico”, a receita de produtos industrializados registrou US$ 147,2 milhões. O valor é 56% maior se comparado ao mesmo período do ano passado, quando a receita foi de R$ US$ 94,5 milhões.