Especialistas dão dicas de como se organizar financeiramente em 2021

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Em 2020, muitas famílias tiveram encolhimento de seus rendimentos e outros perderam seus empregos. Toda mudança pode gerar desequilíbrio financeiro. 

Com o início do novo ano, há a necessidade de olhar para despesas e receitas e planejar o novo ciclo. Economistas ouvidos pelo Correio do Estado indicam quais atitudes devem ser tomadas para evitar dores de cabeça financeiras.  

Levantamento do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio (IPF-MS) e do Sebrae-MS aponta que 35% da população do Estado teve redução em seus rendimentos em 2020, principalmente em decorrência da pandemia da Covid-19. 

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos Consumidores (Peic), desenvolvida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que o índice de famílias endividadas em Campo Grande foi de 59,5% em dezembro. 

São 193.366 pessoas com dívidas com cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimos pessoais e financiamentos. Destas, 112.638 estavam inadimplentes, ou seja, com as contas atrasadas no mês passado.  

Conforme os economistas, reorganizar e fazer uma lista de prioridades pode ser o caminho para não começar o ano no vermelho.  

Para economista do IPF-MS, Daniela Teixeira Dias, a redução dos gastos é normal e necessária para momentos como este, que demandam maior atenção. 

Segundo ela, a sociedade pode ser dividida em três grupos: o primeiro é composto por aqueles que perderam seus empregos em 2020 e estão dependentes de seguro-desemprego e auxílios do governo – estes visam a sobrevivência, gastando apenas com o essencial.  

O segundo grupo é formado por pessoas que tiveram uma redução em seus ganhos, mas que, ainda assim, apresentam condições para investir em conforto e lazer.  

E, por fim, o terceiro grupo engloba uma parcela da população que se reinventou durante a pandemia, foi afetada com perdas significativas em seus recebimentos e se adaptou trabalhando em mais de uma função.  

“O que é comum aos grupos: todos precisam colocar em um papel ou planilha todas as suas receitas e despesas, identificar o que é gasto para sobrevivência e o básico que não pode ser deixado de lado, categorizar previsões de contas que já estão vencidas e que vão vencer e um terceiro grau de priorização seria os desejos e os anseios”, pontua Daniela.